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A Biblioteca dos Sonhos Secretos, de Michiko Aoyama



“Acontece com todos os livros. Mais valioso que o poder que existe neles, é o jeito como você os lê.”


Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Editora: Sextante


Sendo o meu primeiro contato com o que estão denominando de “ficção de cura”, esse foi um dos melhores achados que eu encontrei na Bienal do Livro de São Paulo!


A Biblioteca dos Sonhos Secretos, de Michiko Aoyama, é uma obra que resgata o valor das pequenas decisões cotidianas e das leituras transformadoras, explorando a jornada de cinco personagens que, em momentos cruciais de suas vidas, encontram a possibilidade de mudança através de livros. A trama se desenvolve em um centro comunitário onde a misteriosa e sábia senhora Komachi, a bibliotecária, entrega obras escolhidas a dedo para cada visitante, sempre com a intenção de iluminar seus caminhos e propor uma nova perspectiva.


Os personagens, de diferentes idades e contextos, estão todos em busca de respostas: Tomoka, uma jovem tentando encontrar seu lugar no mercado de trabalho; Ryo, um homem cansado da rotina que não lhe traz mais sentido; Natsumi, uma mulher que equilibra as responsabilidades familiares e pessoais; Hiroya, que enfrenta os desafios de suas escolhas de vida; e Masao, no fim de sua carreira, refletindo sobre o propósito de seus anos vividos. Aoyama cria uma ponte delicada entre suas histórias, tecendo uma narrativa que é ao mesmo tempo realista e repleta de um misticismo sutil.


A escrita da autora é envolvente e sensível, capturando as nuances de cada personagem e os dilemas que enfrentam. Os livros recomendados pela senhora Komachi não apenas refletem seus desafios, mas também abrem portas para novas compreensões sobre si mesmos e sobre o mundo. A leitura passa a ser, aqui, um catalisador para a transformação pessoal, e Aoyama nos convida a refletir sobre o poder que uma história bem escolhida pode ter na vida de uma pessoa.


Com uma escrita acolhedora e repleta de ternura, A Biblioteca dos Sonhos Secretos oferece uma mensagem de esperança para aqueles que se sentem perdidos ou sem rumo. Afinal, como a própria senhora Komachi sugere, cada um de nós faz suas próprias conexões com as palavras e, ao mudar nossa maneira de ver o mundo, mudamos também o curso de nossas vidas.

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